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Secretário do Tesouro alerta que recursos para lidar com limite da dívida dos EUA podem acabar em agosto

Scott Bessent, secretário do Tesouro dos Estados Unidos, avisou ao Congresso que as estratégias contábeis usadas para manter a dívida federal dentro do limite legal podem se esgotar já em agosto. Em correspondência enviada ao presidente da Câmara, Mike Johnson, Bessent destacou que, após análise das receitas fiscais recentes, existe uma probabilidade significativa de que o caixa do governo e as medidas extraordinárias sejam insuficientes a partir de agosto, justamente quando o Congresso estará em recesso.

O secretário reforçou a necessidade urgente de que o Congresso aumente ou suspenda o teto da dívida até meados de julho, antes do início do recesso, para preservar a credibilidade financeira dos Estados Unidos no cenário internacional. Essa nova previsão cria uma pressão considerável sobre os legisladores, especialmente os republicanos, para que aprovem rapidamente um amplo pacote de impostos e gastos, que inclui um aumento de até US$ 5 trilhões no limite da dívida.

Desde o início de janeiro, quando os EUA alcançaram o teto atual de US$ 36,1 trilhões, o Tesouro tem recorrido a medidas extraordinárias para evitar o calote nas obrigações federais. Entretanto, a maioria dessas táticas já foi usada até o começo de maio. Economistas e analistas de Wall Street estimam que o Tesouro poderá ficar sem recursos para honrar seus compromissos entre agosto e outubro, alinhando-se à previsão do Escritório de Orçamento do Congresso, que aponta para o final do verão americano como prazo crítico.

Caso os republicanos não consigam um acordo a tempo, será necessário negociar com os democratas, o que pode resultar em concessões que impactem as políticas do presidente Donald Trump. No passado, impasses sobre o teto da dívida causaram volatilidade nos mercados, com investidores buscando títulos menos arriscados. Apesar da preocupação, até o momento não houve sinais de distorções significativas nos mercados após o comunicado de Bessent.

O secretário do Tesouro tem sido enfático desde sua confirmação no Senado, afirmando que os EUA jamais darão calote e que o governo tomará todas as medidas necessárias para garantir o aumento do teto da dívida. Enquanto isso, o presidente Trump demonstrou interesse em eliminar o teto da dívida por completo, mas enfrenta resistência de conservadores dentro de seu próprio partido, que se opõem ao aumento.

Em resumo, o alerta de Scott Bessent coloca em evidência a urgência de uma solução legislativa para o limite da dívida dos EUA. Com o prazo se aproximando rapidamente, o Congresso está sob intensa pressão para agir, evitando um possível impacto negativo na economia americana e global. A negociação entre os partidos será fundamental para assegurar a estabilidade financeira do país nos próximos meses.


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