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IIF projeta leve recessão nos EUA no segundo semestre de 2025

O Instituto de Finanças Internacionais (IIF) atualizou suas perspectivas econômicas e prevê uma recessão moderada nos Estados Unidos no segundo semestre de 2025. Segundo o relatório divulgado em 21 de abril, a economia americana deve apresentar crescimento negativo nos terceiro e quarto trimestres desse ano, com uma taxa média anual de crescimento de 1,4% em 2025 e desaceleração para 0,8% em 2026.

Apesar dos dados até o início de 2025 mostrarem uma certa resistência, herdada do final de 2024, indicadores de alta frequência já apontam para uma mudança preocupante. O sentimento dos consumidores está se deteriorando rapidamente, e o discurso das autoridades econômicas permanece instável, refletindo incertezas sobre o rumo das políticas públicas.

Um dos fatores que preocupa o IIF é a nova estrutura tarifária dos EUA, que deve pressionar a inflação, fazendo com que o núcleo do índice de preços ao consumidor (PCE) alcance 4,6% até o fim do ano. Esse aumento será impulsionado pelo repasse dos custos para bens intermediários e de consumo, impactando diretamente no bolso dos consumidores.

Mesmo diante desse cenário inflacionário, o relatório mantém a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) iniciará o processo de redução das taxas de juros após a reunião de julho. A projeção é de que haja três cortes de 0,25 ponto percentual na segunda metade de 2025, seguidos por outros três cortes ao longo de 2026, buscando estimular uma recuperação gradual da economia.

Quanto ao mercado de trabalho, os indicadores futuros mostram uma desaceleração na criação de empregos. Embora ainda não sinalizem um problema grave, a tendência é clara: a demanda por mão de obra está diminuindo, especialmente em setores mais sensíveis às condições econômicas e políticas tarifárias. Com o avanço do aperto nas políticas econômicas e o impacto das tarifas, é esperado um enfraquecimento mais evidente no emprego nos próximos meses.

Em resumo, o IIF alerta para uma desaceleração econômica moderada nos EUA, marcada por uma recessão leve no segundo semestre de 2025, inflação pressionada e desafios no mercado de trabalho. As medidas do Fed para reduzir os juros apontam para uma tentativa de conter essa desaceleração. Esse cenário reforça a importância de acompanhar de perto as políticas econômicas e seus efeitos, tanto para investidores quanto para formuladores de políticas, diante de um ambiente global ainda bastante incerto e dinâmico.


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